Economia Criativa

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10 de out. de 2025

Nós matamos a Economia Criativa?

Nós matamos a Economia Criativa?

Nós matamos a Economia Criativa?

A economia criativa não está morrendo. Está com burnout. O que esgotamos não foram as ideias, mas a coragem de executá-las em um sistema que recompensa a repetição e pune o risco. Estamos vivendo a era da velocidade sem direção.

João Pedro Novochadlo

CMO

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A condição atual da economia criativa brasileira não é a de um colapso agudo, mas a de uma febre de baixa intensidade. Uma doença crônica que não mata, mas drena a vitalidade, dia após dia. É o mal da velocidade sem direção. Produzimos mais conteúdo, mais rápido, para mais plataformas do que nunca, mas com um sentimento crescente de irrelevância e repetição. O resultado não é a morte, é algo mais sutil e perigoso: o esgotamento.

O que esgotamos não foram as ideias, mas a coragem de executá-las. Esgotamos a paciência para o que é original em favor da segurança do que é viral. O manual de estratégias que funcionou em 2018 foi construído sobre o pilar da "autenticidade". Hoje, esse pilar foi corroído pela performance algorítmica. As marcas não buscam mais parceiros autênticos; buscam executores eficientes de formatos pré-aprovados.

Essa febre se manifesta em sintomas claros: criativos talentosos presos em ciclos de produção de conteúdo efêmero, agências que abandonaram a grande ideia em favor da "entrega de volume" e um público cada vez mais anestesiado, que rola o feed como quem assiste a uma estática de TV.

As rachaduras não estão apenas visíveis. O alicerce está cedendo, minado por uma cultura de urgência que esqueceu de se perguntar: "urgência para quê?".

A Grande Inflação do Termo "Creator": Quando Todos São Criadores, o Talento Perde Valor

Estamos vivendo a grande inflação do termo "creator". Como uma moeda impressa sem lastro, ele foi usado para definir tudo e todos, e agora seu valor despencou. Quando a palavra que descreve um adolescente fazendo uma dança no TikTok é a mesma que descreve uma cineasta lançando uma série no YouTube, ela se torna inútil. Pior: ela se torna perigosa.

Essa generalização não é inocente. Ela serve a um propósito de mercado: comoditizar o talento. Ao colocar todos sob o mesmo guarda-chuva genérico, nivela-se por baixo. Fica mais fácil justificar orçamentos menores, prazos mais curtos e expectativas criativas mais baixas. É uma desvalorização estratégica do ofício.

Pense nisto:

  • A habilidade de ligar uma câmera não equivale ao ofício de um diretor de fotografia.

  • A capacidade de escrever uma legenda espirituosa não é o mesmo que a técnica de um roteirista.

  • Um vídeo viral de 30 segundos não representa o mesmo trabalho que a construção de um documentário de 30 minutos.

O termo "creator" apaga essas nuances, ignorando anos de estudo, técnica e repertório. Ele celebra o ato de "criar conteúdo", mas desvaloriza a disciplina do talento.

A pergunta que o profissional criativo precisa se fazer é: ao se definir como um "creator" genérico, você não está involuntariamente diminuindo o preço do seu próprio trabalho? Você não está entregando ao mercado a justificativa perfeita para tratar sua habilidade única como uma commodity substituível?

O Algoritmo é o Imperador (e Ele Não Gosta de Riscos)

A mudança mais profunda na internet não foi no conteúdo, mas no nosso comportamento. Migramos de uma era "lean-in" — de participação, comunidade e descoberta ativa — para a era "lean-back", de consumo passivo e hipnótico. As redes sociais se tornaram a nossa nova novela das 9, um fluxo de entretenimento projetado não para engajar, mas para pacificar.

O motor dessa pacificação é a soberania do algoritmo. O feed infinito não é um espaço de liberdade criativa; é um Coliseu digital onde o algoritmo é o imperador, e seu polegar aponta para baixo para quase tudo que é novo, diferente ou complexo. Ele não recompensa a originalidade; ele recompensa a repetição otimizada. Ele identifica um formato de sucesso — o corte de podcast, a entrevista na rua, a esquete de 30 segundos — e exige clones.

Para o criativo, isso cria uma prisão invisível. A originalidade se torna um risco existencial. Tentar algo novo significa lutar contra a correnteza da distribuição, arriscando a irrelevância. O caminho mais seguro é alimentar a máquina com mais do mesmo. É por isso que os feeds parecem tão uniformes: não é uma crise de criatividade, é uma resposta lógica a um sistema que pune o desvio.

Nesse novo Coliseu digital, a batalha não é mais por relevância cultural, mas por visibilidade algorítmica. E as regras desse jogo são claras: o imperador recompensa o pão e circo, não a arte.

O Paradoxo do Marketing e a Poluição do Feed

Estamos despejando milhões no lado mais raso da economia criativa: programas de influenciadores escalados para alcance, não para ressonância. A criatividade se resume a copiar a trend da semana até a exaustão.

A atenção cultural é finita. Quando todas as marcas pulam na mesma tendência, ela se esgota rapidamente. Estamos entupindo os feeds com formatos repetidos e patrocínios que tornam o conteúdo indistinguível de um anúncio, espremendo a alegria da internet. A confiança, que era a moeda principal, está se desvalorizando.

Se a sua resposta para este momento é apenas "escalar o programa de influenciadores", você não está apenas perdendo a oportunidade. Você está se preparando para o futuro errado.

Para Criar o Futuro, Você Precisa Financiar o Presente

A solução para a crise de relevância é clara: as marcas precisam pensar como estúdios e os criadores precisam construir propriedade intelectual (IP). Mas como se pode bancar a inovação de hoje com o dinheiro que só vai cair daqui a três meses? A coragem criativa morre na espera pelo pagamento.

O esgotamento criativo não vem da falta de ideias, mas da falta de liquidez. A ousadia para recusar um projeto ruim, para investir em um piloto ou para contratar os melhores talentos depende de um fluxo de caixa saudável.

É aqui que a DUX se torna o atalho estratégico. Nós transformamos contratos futuros em capital presente, dando o poder de fogo para executar projetos ambiciosos sem depender do ritmo lento do mercado. Não financiamos apenas contratos; financiamos a próxima onda de relevância cultural.

O futuro não pertence a quem tem apenas boas ideias, mas a quem consegue transformá-las em ação imediata. A pergunta final não é o que você vai criar.

É: com a liberdade financeira para bancar suas ideias, o que você vai criar agora?

Continuar esperando não é uma estratégia, é uma escolha. Escolha ter o poder de criar agora.

Veja quanto seu contrato futuro vale hoje em menos de 2 minutos.

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